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Juliette foi de cancelada a campeã do #BBB21; Relembre a trajetória da paraibana que conquistou o Brasil e virou fenômeno nas redes sociais.
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Já é de conhecimento de todos que Juliette Freire será consagrada campeã do "BBB 21" na noite desta terça-feira (4). Porém, um dos fatos mais inusitados na trajetória da Juliette é que no início ela chegou a ser "cancelada" nas redes sociais pelo seu comportamento invasivo em relação a Fuik. A primeira semana foi decisiva para a sister que foi de rejeitada pela maioria do público a uma das fortes favoritas ao prêmio em poucos dias.
Com inteligência e frieza, a advogada conseguiu conquistar o público mesmo depois de ter sido cancelada nos primeiros dias de programa ao usar a seu favor o fato de ter sido excluída pela maioria dos integrantes da casa.
Quase sem conseguir ser ouvida pela casa no início do confinamento, Juliette sofreu com deboches de seu sotaque e de seu jeito espalhafatoso. Livre do primeiro paredão por ter entrado imune, a paraibana não conseguiu escapar do segundo, mas ganhou força e espaço ao retornar e passou a se impor mais.
Aos poucos, a advogada foi crescendo no jogo não só dentro do programa, mas fora dele também. Os mais de 23 milhões de seguidores no Instagram, conquistados em menos de três meses, são a prova de que o público comprou a imagem de vítima que ela usou a seu favor --e não há nada de errado nisso.
Perfeita aos olhos de seu fã-clube, Juliette faz um jogo impecável para o público dentro do confinamento. A advogada conseguiu ter frieza para se colocar como uma pessoa boa em situações nas quais a maioria dos seres humanos normais não conseguiria.
Uma outra característica do jogo da maquiadora é sempre conseguir se inserir no centro de qualquer situação, mesmo que não esteja ligada a ela. A paraibana dava conselhos motivacionais ao exemplificar experiências pessoais, seja de sua vida externa ou de coisas que tenham acontecido dentro do próprio programa.
Nascida em Campina Grande, mas atualmente vivendo em João Pessoa, Juliette é a filha de dona Fátima e seu Lourival, uma cabeleireira e um mecânico. A única da família a conseguir ter ensino superior, a jovem abandonou a faculdade de medicina para se tornar advogada.
Para conseguir se manter enquanto o sonho de ser delegada não se realizava, tornou-se maquiadora profissional. Mas aí veio a pandemia, a falta de dinheiro e a casa onde morava teve de ser devolvida.
Juliette estava se sustentando com o auxílio emergencial do Governo, quando a notícia de que iria para participar do Big Brother Brasil chegou. Animada, a moça falante enxergou no programa uma chance para mudar de vida.
O que ela não sabia é que desde a primeira semana iria encontrar tanta dificuldade para ser compreendida pelo jeito de se comunicar. As brincadeiras da participante, bem como o sotaque raiz—cheio de interjeições que um bom nordestino reconhece para dar o tom da piada—eram interpretados como grosseria.
E a moça foi murchando. Acuada sem saber como faria pra mudar o jeito de falar (como os outros participantes queriam), Juliette ressurgiu das cinzas. Decidiu manter suas características culturais, enfrentar a rejeição dos colegas e cantar. Ao som de uma voz doce e suave, Alceu Valença, Maria Gadú e até Chico César foram entoados. A moça pedia que Deus a protegesse da maldade de gente boa e o público parece ter se identificado com a oração.
Além de sua inteligência, a nordestina conta também com uma coisa que poucos participantes teve: carisma. É impossível saber se essa todas essas características são verdadeiras de Juliette, ou se foi apenas estratégia de jogo. Ou até mesmo, as duas coisas juntas. Seja como for, deu certo.